quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Búfalos, homens e outros bichos


Dizem que em uma manada de búfalos quando um predador aparece, a manada corre o máximo que pode para que os mais velhos, os feridos e todos os que são de alguma maneira fracos fiquem para trás.

Já ouvi falar de outros bichos que se fecham em um círculo expondo a carcaça rija, colocam seus fracos no centro e os protegem, por vezes com a própria vida.

A manada de búfalos cresce cada vez mais forte...

A desses outros bichos perde cada vez mais seus fortes...

E nós? Esse bicho raro, humano, que tipo de bicho somos? Nem com o outro, mas com nós mesmos? A gente arrisca? Respira fundo e aguenta porrada pelo que acredita? A gente foge? E deixa ficar no caminho os sonhos e convicções de uma vida?

Aprendi, da forma difícil, que se pode furar um dedo e ele voltar a ser funcional, exatamente como era antes. Mas não se pode furar um olho sem perder a visão...

Algumas dores calcificam nossos ossos e os tornam inquebráveis. Outras, nos deixam amputados e a doce Pandora nos permite acreditar em redenção...

A tanto tempo vago cega a chorar sangue que acreditei piamente ter aprendido a enxergar. Hoje me perguntaram a cor da rosa na palma da minha mão... Rosa?

Hoje, entendi que algumas coisas mudam, com outras a gente simplesmente se acostuma.

Morena - set/10

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que deveria desenvolver mias esse texto. Essa proposta de história e torna-la mais alegorica.

Ou quem sabe, se preferir, discutir o pq vc chegou até aqui. Não esqueça que mesmo que vc nao goste, o outro lado vai estar lado como o seu proprio outro lado, a sua sombra.

Bjo

Jonathas