quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Diplomacia x Sinceridade
Acho que de uns meses pra cá desaprendi tudo o que passei a vida toda preocupada... Mais no que diz respeito ao famoso ditado "a corda SEMPRE arrebenta para o lado mais fraco" Mas e aí? Ser diplomata ou sincero?
A muitos anos trabalho em uma escola que se sustenta pelo empenho dos professores, eu inclusa. Já vi muita coisa errada acontecer ali... muita mesmo! Mas a gente faz o que pode, fica calado, tenta fazer o filme e vai vivendo porque gosta dos alunos e do ambiente. Reclama do que pode reclamar mas sem botar a boca no trombone e dizer o que pensa, trabalhamos a velha e boa diplomacia em prol da boa convivência.
Desde que eu me lembro que existo estudo em outra escola, muito renomada e com excelentes professores... Só que eu era muito criança para entender tudo isso e para levar em consideração. Pois bem, reprovei um monte e troquei de instrumento tantas vezes que mal cabem nos dedos. A dois anos e meio cresolvi mudar e encarar que o que eu realmente quero é aprender. Deixei de ser uma aluna que toma a vaga dos outros e passei a merecer a minha própria vaga.
Só que esse ano tudo mudou de figura...
Enchi o saco da péssima administração da escola que trabalhava, tentei conversar, tentei mudar, tentei entender e cansei quando resolveram um problema que não tinha nada a ver comigo colocando a culpa em mim. Depois de tantao trabalho? Não dá! Em outras épocas ficaria triste e poderia até chorar, mas dessa vez resolvi sair fora e levei comigo quem quis vir! Fiz da meneira que achei certo e por isso recebi ameaças de empatar minha entrada em outras escolas, além de ter sido enviado um email a todos os meus colegas de trabalho sobre "a minha forma de trabalhar". De novo: em outros tempos eu teria ficado triste e teria até chorado. Dessa vez mandei um email pra todo mundo contando os motivos que me fizeram sair, coisas que só quem lutou e acreditou na escola saberia.
Na outra escola tem uma professora que me inferniza. Porque ela jura que está no ídolos e que pode acabar com a auto estima dos alunos. Bom, eu fui no ídolos e nem lá eles me trataram da maneira como ela me tratou. Fiquei meses sem conseguir cantar, e até hoje sofro consequências da insegurança que se originaram por causa dela. Em outras épocas eu chorei. Muito. Esse ano resolvi encarar. Bom, de novo a corda arrebentou do lado mais fraco e acabei de descobrir que perdi a vaga da escola. Mesmo com mil atestados e comprovantes de viagem o diretor achou que eu não deveria trancar e como não consegui marcar aula no início do semestre, a vaga rodou.
Cheguei em casa triste, pensando em como algumas pessoas ficam felizes em infernizar a vida dos outros ou em como simplesmente falta compreensão, vontade de ver o lado do outro. E eu não dou conta de diplomacia... meias verdades, o sorriso falso e a convivência empurrada com a barriga. Acredito que quem pergunta quer saber e que as pessoas tem o direito de falar a verdade mas que tem que aguentar ouvir a verdade também! Sem por isso usarem de influência pra encher de pedras o caminho de alguém...
Vim no carro pensando que talvez devesse mesmo falar só o que deve ser dito para não me ferrar. Mas depois penso que existem outras escolas no mundo para se trabalhar e estudar e talvez eu já tenha excedido a quota nessas duas... Ou ainda, na lei de Moisés posso processar uma por difamação e fazer prova pra voltar pra outra, me formo, saio cantando em tudo que é canto e ainda faço uma dedicação sínica sobre como ela me ajudou a perceber que eu não preciso do aval dela pra fazer sucesso!
Mas e no final? Diplomacia resolve alguma coisa pro lado de cá da corda, ou só faz a gente acreditar nisso?
Morena - set/10
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Um comentário:
Essa eu sei!
Respondo fácil!
è assim ó: - "tudo o que não edifica a fé é treva"
Ou quem sabe a gente pode conviver com meias verdades ou até mesmo com a mentira. Tudo depende do quanto estamos dispostos a ser tolerantes.
Pra ser sincero, seria muito mais facil conversar do que escrever, mas posso resumir apenas o que vc tem sentido em imaturidade e desarmonia.
Bjinhos,
Jonathas
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