- É que eu acreditei... – de repente todo mundo entendeu.
Acendi o último cigarro da carteira e fumei de olhos fechados. No meio da fumaça, soprei minha vida e a vi se esvair no vento, sendo levada para longe de mim. Eu, que não bebo, quis pedir uma caipirinha gelada mas acabei me embebedando de uísque, para aquecer o coração.
Que existência era aquela que eu estava aceitando? Me deixaria destruir assim? Uma nova vida estava às portas e eu faria disso o fim da minha própria?
Acordei com um rato me encarando e vomitei toda a minha angústia. Já que eu mesma não podia, pedi ao céu que chovesse pra mim e lavasse meus olhos secos e sujos de temores.
- É que eu acreditei... – e de repente ninguém mais me julgou.
Morena - set/09
sábado, 12 de setembro de 2009
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