Poderia nem estar pensando,
Poderia passar em frente a sua casa e nem notar,
Poderia escutar sua música favorita sem a ouvir...
Poderia até fechar os olhos e não sentir sua falta.
Mas como poderia?
Somos protagonistas de uma comédia romântica
E o resto do mundo é apenas um belo cenário:
Abaixo, um solo gramado,
Acima, um luar gigante,
Entre quatro paredes de estrelas...
Como seria?
Como qualquer um desses romances, de três personagens,
Diferente apenas por ser nosso:
Você, um mocinho divertido.
Eu, apenas mais uma dessas mocinhas bobas.
O grande vilão, a saudade.
Batia em suas costas incessantemente,
Mas meus gritos não comoviam um coração de pedra.
Mesmo assim, ele me carregava em seus ombros
E me matava a cada passo.
Intrigante,
Porque ao mesmo tempo que me mata,
Me alenta,
Dá sentido a minha vida que se esvai a cada passo...
A cada passo...
A cada passo ele me tirava de você,
Confundia minhas lembranças,
Apertava meu peito...
Eu gritava... cada vez mais...
Só você podia me salvar.
Então, como grande super-herói,
Chegou distribuindo socos
E me levando em seus braços...
O vilão é cruel, mas necessário.
Porque se não tem vilão,
Não tem mocinho.
E se não existe mocinho,
Pra quê uma mocinha?
E se não tem mocinho nem mocinha,
Não tem história de amor,
Não tem eu e você...
Não tem nossos rostos mal pintados
Nas capas dos livros de história,
Nem o meu medo de te perder
E a sua coragem de não me deixar perder.
Daí o mundo fica triste.
Mas a história se repete e a saudade ainda existe,
Apenas para nos deixar viver felizes para sempre
Entre mocinhas e bandidos.
Morena - dez/03
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário